Para que serve estudar Latim? Afinal uma língua
morta, como dizem, e que não se fala mais?
Pois bem, o Latim já fez parte dos currículos
escolares dos cursos ginasiais (atualmente 5ª a 8ª série do ensino fundamental)
e dos cursos clássico e científico (antiga divisão do que é hoje o curso médio
ou recentemente o 2ª grau). O Latim foi extinto junto a outras línguas como o
francês, com a Lei
n. 5692, de 1971, que reformulou toda a estrutura do ensino no Brasil. Atualmente
a língua inglesa e a espanhola fazem
parte da grade escolar e o Latim ainda compõe a grade curricular dos
cursos superiores de Letras e de Direito.
Bem, estudar ou conhecer o Latim facilita muita
coisa: aumenta o vocabulário; promove o entendimento do significado das
palavras; facilita o aprendizado das línguas romanas ou latinas e mais, leva
ao conhecimento sobre a origem, a raiz
de determinados termos.
Um exemplo clássico é a palavra “lacte” de origem
latina: “latte”, em italiano; “leche”, em espanhol; “leite”, em português e
“lait” em francês.
A Gramática
Latina do padre João Ravizza, editado pela antiga Escola Industrial Dom
Bosco, em Niterói, 11ª edição, de 1948, acrescida de um compêndio da história da
literatura latina.
A última informação sobre esse livro é que foi
editado ainda em 1966, em 13ª edição, pelas Escolas Profissionais Salesianas.
Uma ressalva de Rui Barbosa sobre o livro que lhe
foi presenteado data de 1918, indicando esse ano como próximo à primeira edição
da presente gramática.
Esses e tantos outros livros antigos que foram
usados nas nossas escolas são fontes preciosas para a História da Educação,
como também para a recuperação de aspectos sócio-culturais da nossa
sociedade. A reconstituição desse passado nos serve como referência e reflexão
sobre mudanças e permanências da nossa história.
A doação deste livro foi um ato generoso de quem
aprecia livros e se preocupa com o uso e o destino que lhe são dados.