São vários os autores de livros escolares em um
acervo com cinco mil títulos. Mas alguns se destacam pela quantidade de livros
que escreveram, pela especialidade das matérias de ensino que se dedicaram,
pela curiosidade sobre a abordagem de determinados temas, pela antiguidade
ou pela formação que tiveram, entre
outros fatores.
Arnaldo de Oliveira Barreto (1869-1925) é um desses
autores. Inspetor da seção masculina da Escola Caetano de Campos,(1) Barreto
escreveu muitos livros escolares e de leitura para crianças.
Foi um dos organizadores da coleção Biblioteca
Infantil, da Editora Melhoramentos, no inicio do século XX. Eram livros que estimulavam a leitura com
pequenas histórias já consagradas do universo infantil (neste blog já escrevi
sobre essa série).
O ACERVO
HISTÓRICO DO LIVRO ESCOLAR – AHLE mantém vários livros deste autor, além
dos publicados pela coleção citada. Enumero alguns a seguir:
A pobre
abelhinha- leituras extra escolares para meninos de mais de 12 anos. Typ. Siqueira, 1926, provavelmente sobre sua
experiência no Caetano de Campos.
Corações
de criança. Leituras preparatórias. Ed. Francisco Alves, 1918.
Cartilhas
das mães. Ed. Fco Alves, 1960, 82ª
edição. A primeira edição deste livro foi em 1895.
Organizou o livro de Mme. Leprince de Beaumont: O Bazar das creanças diálogos de uma sabia
preceptora com suas discípulas, Ed. Garnier, Tomos I e II.
Expomos nas ilustrações outro livro com a
organização de Barreto: Vários Estylos –
selecta de trabalhos literários de autores modernos e contemporâneos para uso
nas classes de gymnasios e Escolas Normaes. Ed. Melhoramentos, 1910 (?), 6ª
ed.
Este último é uma antologia que reúne pequenos
textos de autores nacionais e estrangeiros. As ilustrações trazem Olavo Bilac e Vitor Hugo.
O AHLE
mantém centenas de títulos de livros de uso escolar com textos literários
voltados para os cursos elementares, secundários e de formação de professores.
Indico o site http://www.unicamp.br/iel/memoria/ para aqueles que se interessam pelo tema e
também convido-os a pesquisar no nosso ACERVO.
(1) Era usual a separação dos gêneros nas escolas. Sobre a Escola Caetano de Campos, verificar, entre outros trabalhos: MONARCHA, Carlos. A escola norma da praça - o lado noturno das luzes. Campinas, Ed. UNICAMP, 1999.
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