Acervo Histórico do Livro Escolar - AHLE

O ACERVO HISTÓRICO DO LIVRO ESCOLAR é formado pelo conjunto de livros escolares das antigas bibliotecas públicas infantis da cidade de São Paulo.

Com 5 mil volumes, o Acervo é composto por cartilhas, manuais escolares de todas as matérias de ensino, antologias literárias e livros de referência de uso escolar, entre outros, do século XIX até a década de 1980 e abrange os cursos primários, os secundários, os de formação de professor e o ensino técnico.
O Acervo está localizado na Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato, equipamento da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

Neste blog serão publicadas informações sobre esse acervo.


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quarta-feira, 31 de julho de 2013

O ensino religioso nas escolas



No Brasil,país de tradição católica, o ensino religioso nas escolas teve várias fases. Desde o início da colonização com os jesuítas, até o advento da República em 1889, as escolas estiveram nas mãos da igreja católica por meio dos Seminários e escolas de primeiras letras, como também era obrigatório o ensino religioso, mesmo nas mantidas pelo poder central.

Com a República isso mudou. A primeira constituição, em 1891, separou o Estado de qualquer religião ou culto: “será leigo o ensino ministrado nos estabelecimentos públicos".


Em 1931 a reforma Francisco Campos reintroduziu o ensino religioso nas escolas públicas, com caráter facultativo, depois de longa controvérsia entre a ideologia liberal: educadores envolvidos com mudanças na Educação (os precursores da Escola Nova) e a Igreja católica.

Atualmente o ensino religioso de qualquer confissão religiosa está na grade curricular, mas é de matrícula facultativa.

O ACERVO HISTORICO DO LIVRO ESCOLAR – AHLE resguarda meia centena de livros de instrução religiosa católica que foram utilizados nas escolas. Nesses livros há especificações do grau de ensino, de como utilizá-los para a educação das crianças, entre outras indicações e datam desde a decada de 1940.

Referências Bibliográficas:
SEVERINO, Antonio Joaquim. Educação, Ideologia e Contra-ideologia. São Paulo: EPU,1986.

www.sbhe.org.br

www.histedbr.fae.unicamp.br/revista

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Sampaio Doria



Como se aprende a Lingua, 1932
Antonio de Sampaio Doria (1883-1964), foi responsável pela Reforma do Ensino Paulista em 1920, reforma polêmica por alterar a duração do ensino primário de quatro para dois anos, visando abranger um maior número de crianças e tentar erradicar o analfabetismo no Estado.

Diretor Geral da Instrução Pública do Estado de São Paulo entre 1920-24 e contemporâneo de outros educadores que ocuparam funções públicas e que participaram ativamente do cenário educacional do país, como Lourenço Filho e Anísio Teixeira entre outros, Dória é pouco citado.

Formado em Direito, foi professor da Escola Normal de São Paulo (conhecida como Escola Normal da Praça e Escola Normal Caetano de Campos) e guiou suas publicações para o campo da Educação.

Além de diferentes edições dos livros das ilustrações (1931,1932 e 1936), um deles voltado para o curso primário,  o ACERVO HISTÓRICO DO LIVRO ESCOLAR - AHLE resguarda Educação Moral e Educação Econômica: suas bases, sua aplicação na escola. Ed. Melhoramentos, 1928.


Destaco um trabalho recente que traz o perfil político-pedagógico de Doria, como também tem o atributo de listar autores e estudos que se debruçaram sobre a produção e atuação desse educador. (1)






Notas:
(1) MATHIESON, Louisa Campbell. O militante e o pedagogo Antonio Sampaio Doria: a formação do cidadão republicano. Dissertação de Mestrado,Faculdade Educação da USP, 2012.